quarta-feira, 17 de março de 2010

Apresentação do Projecto

ENQUADRAMENTO
O "I-PME" visa desenvolver uma estratégia colectiva de informação de proximidade (empresarial, contextual, regional e local), estruturada, costumizada e com valor acrescentado, para ser de fácil acesso e interpretação, recolhida junto de fontes tradicionais, empresas e associações parceiras do projecto, para apoio à gestão, vigilância e aproximação das empresas portuguesas a organizações internacionais. Visa o incremento da sua competitividade global e a melhoria da sua abordagem aos processos de internacionalização.
O lema perseguido por este projecto sintetiza-se no princípio de que "Aqueles que se atrasam na compreensão atrasam-se no desempenho".


PUBLICO ALVO
Empresas dos dez sectores com maior potencial competitivo e de internacionalização, localizadas nas regiões de convergência e que mais se identifiquem com os planos de fomento e com as áreas críticos de desenvolvimento do mercado piloto, mercado angolano, envolvendo empresas com maior potencial de cooperação e internacionalização e Associações Empresariais portuguesas e angolanas com representatividade significativa do tecido económico em que se inserem.


OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
  1. Conceber um modelo de informação estruturada seguindo uma estratégia bottom up, para suportar informação de proximidade (empresarial, contextual, regional e local), costumizada sectorialmente, com valor acrescentado e de fácil acesso e interpretação.

  2. Disponibilizar uma Ferramenta do tipo de Business Intelligence para permitir o registo da informação a recolher junto de fontes tradicionais, públicas e privadas, empresas e associações nacionais e internacionais aderentes, adaptada às necessidades das PME, apoiar a transformação dos registos em informação útil para o conhecimento empresarial, extrair e integrar dados provenientes das múltiplas fontes, com vista ao apoio à gestão e vigilância da envolvente, tecnológica, competitiva e comercial dos mercados alvo.

  3. Criar uma network colaborativa constituída por empresas e associações nacionais e internacionais, que se constitui como um layer de proximidade às empresas complementar às estruturas institucionais para apoio, suporte e lobby, nos processos de informação, aproximação e intermediação com as organizações internacionais para mediar intenções de colaboração, parceria, penetração e desenvolvimento numa aproximação point to point ao mercado global.

  4. Apoiar o incremento da competitividade das PME nacionais através do fornecimento da informação atempada e necessária para a definição de estratégias de abordagem ao mercado global.

  5. Colaborar na melhoria dos processos de aproximação do movimento associativo empresarial nacional com o movimento associativo empresarial internacional.
  6. Contribuir para o esforço de internacionalização das PME portuguesas e para o aumento das exportações nacionais, nos mercados emergentes dos PALOP, sobretudo Angola, Ásia, América Latina e Europa de Leste.

ACTIVIDADES

  1. Seminários de Apresentação do Projecto - Serão sessões para sensibilizar e mobilizar a comunidade empresarial das regiões destinatárias para a necessidade de melhorar a informação para apoio à gestão e vigilância, para melhorar o modelo colaborativo entre empresas e o movimento associativo e para aprofundar a representação das empresas portuguesas em associações e outros organismos internacionais.

  2. Estudo e análise do mercado piloto - Numa primeira fase será utilizado o mercado de Angola como piloto. Esta acção envolve uma avaliação do potencial e das oportunidades de negócio e dos sectores críticos para o desenvolvimento desse mercado. Divulgação e teste do modelo colaborativo a implementar e do potencial de adesão das empresas e associações locais à iniciativa. Identificação de fontes de informação e processos de recolha e selecção. Procura de parceiros interessados em processos de colaboração e parceria para o desenvolvimento dos processos de internacionalização susceptíveis de virem a aderir ao projecto.

  3. Montagem e animação de uma rede colaborativa - Esta rede deverá integrar a AEP, as associações empresariais identificadas como parcerias no mercado piloto e empresas seleccionadas por essas associações ou que se manifestaram interessadas na actividade da rede.
    Esta rede será dotada de uma estrutura vocacionada para a realização dos processos de divulgação dos seus objectivos, identificação e validação das fontes de informação pertinente, recolha, selecção, estruturação e difusão da informação tratada, junto das empresas aderentes e das associações empresariais e sectoriais com vista à melhoria da competitividade, apoio na definição de estratégias de internacionalização, fomento e lobby na sua representação em organismos e associações internacionais, necessários aos processo de instalação, penetração, aproximação, cooperação e interacção entre empresas e entre estas e organizações internacionais.

  4. Identificação de um painel piloto de 100 entidades que inclui empresas dos 10 sectores mais representativos ao nível de exportações e os 19 pólos e clusters aprovados, para realizar um diagnóstico flash a necessidades de informação e modelos a adoptar para o seu tratamento e extracção - As empresas a escolher deverão pertencer a sectores com relevância para a economia nacional, com potencial exportador e simultaneamente que se situem em sectores críticos para o desenvolvimento do mercado piloto, o que poderá abranger nomeadamente: indústria alimentar; metalomecânica ligeira, mobiliário de madeira, construção civil, Hotelaria e Turismo, TICS, máquinas, equipamentos e energias renováveis.
    O diagnóstico flash permitirá, através de uma aproximação “bottom up”, identificar o tipo de informação crítica e a melhor forma de a apresentar para apoio à gestão, desenvolvimento do processo competitivo, abordagem sustentada a novos mercados internacionais e observação e vigilância exigida para detectar oportunidades e prever ameaças. Deverá ainda permitir apurar as formas de participação aconselháveis para as empresas poderem participar nas organizações do mercado piloto e noutras organizações europeias e internacionais e as estratégias genéricas aconselhadas para abordagem ao mercado piloto.

  5. Aquisição parametrização e implementação de uma Ferramenta tipo Business Intelligence - Esta ferramenta será destinada a estruturar a informação recolhida e tratada, facilitar a sua extracção e modificação, apoiar o processo de tomada de decisão, ajudar a compreender os factores críticos de sucesso dos sectores e permitir alguma visão prospectiva para uma condução esclarecida das relações entre empresas.

  6. Desenvolvimento e implementação de um portal I- PME - Este portal deverá permitir para além de fornecer informação útil aos empresários, interligar os parceiros da network, as fontes de informação e disponibilizar o acesso às bases de dados editadas.

  7. Criação do balcão I- PME virtual - Este balcão será destinado ao atendimento personalizado de todas as empresas que pretendam informações sobre apoio à gestão de vigilância ou suporte para aproximação e representação em instituições e organizações internacionais.

  8. Definição da Estratégia Colectiva e de um Guia de Boas Práticas I-PME - Com base na informação recolhida do estudo e análise do mercado piloto, do diagnóstico flash sobre o painel de entidades piloto, da montagem da rede colaborativa e da implementação da ferramenta de business intelligence, será definida uma estratégia colectiva de I-PME e redigido um Manual de Boas Práticas, para disseminação posterior dessa estratégia ao tecido económico das regiões de convergência e no mercado piloto.

  9. Realização de cinco Workshops de divulgação da estratégia e das suas componentes junto do tecido empresarial das regiões de convergência para promover a integração na rede de mais empresas, organismos e associações - A realização destes workshops visa a divulgação da rede, da estratégia dos parceiros aderentes, da base de dados e da informação relevante disponibilizada para que os actores locais com potencial competitivo possam vir a aderir e a utilizar essas estruturas, promovendo a sua aproximação e o aproveitamento das oportunidades identificadas nos sectores críticos para o desenvolvimento do mercado alvo.

  10. Realização de três Workshops no mercado piloto, Angola, para divulgação da rede, dos parceiros, da base de dados e do potencial cooperativo disponibilizado, para angariar mais empresas e associações locais com potencial competitivo para virem a aderir visando promover a sua aproximação e virem a desenvolverem acordos de parceria e cooperação.

  11. Apresentação de resultados e encerramento do projecto - Será organizada uma Sessão Pública de Encerramento do Projecto com âmbito nacional, onde se procederá ao balanço global do projecto, à divulgação das conclusões transcritas no Guia de Boas Práticas produzido e ao debate sobre os tópicos mais relevantes levantados pelas diversas actividades e iniciativas realizadas ao longo de todo o projecto e sobre as propostas de estratégias colectivas e práticas recomendadas para a melhoria da informação de apoio à gestão das PME, de vigilância e de aproximação a organismos e instituições internacionais.


RESULTADOS ESPERADOS

  1. Um acesso directo e indirecto a informação estruturada e focalizada, a disponibilizar a um público estimado em cerca de 500.000 quadros e empresários portugueses e angolanos, representando cerca de 100000 empresas de micro pequena e media dimensão, através da ferramenta de BI, do Portal, do Balcão Virtual e da divulgação da estratégia colectiva e do Guia de Boas Praticas, permitindo uma capacidade de decisão mais sustentada, pela melhoria do conhecimento sobre a envolvente, o conhecimento de ferramentas de melhoria da competitividade, do mercado e da concorrência para potenciar o seu sucesso nos seus esforços de internacionalização.

  2. Envolver nos mecanismos colaborativos a desenvolver através da rede, do portal e do Balcão Virtual, cerca de 5000 empresas de micro pequena e media dimensão, portuguesas e angolanas, fomentando o intercâmbio, a colaboração e a formação de parcerias e joint ventures para o aumentar a presença de empresas portuguesas no mercado, para incremento das exportações, do investimento e da conjugação de interesses no ataque a terceiros mercados.

  3. Envolver 10 associações portuguesas e angolanas na rede colaborativa procurando aproximar o movimento associativo empresarial português e angolano. Esta aproximação permitirá aprofundar os laços colaborativos entre os dois estados, através de organizações mais próximas do terreno, em perfeita colaboração e sintonia com outros os organismos nacionais instalados no mercado.

  4. Contribuir para o aumento das exportações para o mercado angolano, ajudando a reduzir a excessiva dependência do pais do mercado europeu e a reduzir o risco associado aos processo de internacionalização.

  5. Contribuir para a melhoria da competitividade das micro, pequenas e médias empresas portuguesas, pelo acesso a informação de valor acrescentado e pelo fomento de processos colaborativos com empresas e organizações nacionais e internacionais.

  6. Contribuir para uma presença mais efectiva de empresa portuguesas nas organizações intencionais possibilitando intensificar a sua capacidade de participação e de influência no mercado global.